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sexta-feira, 22, novembro 2024
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Vitor Hugo aponta irregularidade em pesquisa eleitoral em Goiás e aciona a justiça

Ainda de acordo com a representação do jurídico do candidato, uma pesquisa sem seguir os protocolos recomendáveis pode prejudicar o resultado dos números

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Deputado federal e candidato ao governo de Goiás, em outubro, Vitor Hugo (PL) protocolou representação na justiça contra a próxima pesquisa Serpes, que será divulgada no próximo domingo (21).

Segundo Hugo, a “inobservância dos elementos obrigatórios, por força de Resolução do TSE, comprometem lisura da pesquisa”.

Ainda de acordo com a representação do jurídico do candidato, uma pesquisa sem seguir os protocolos recomendáveis pode prejudicar o resultado dos números.

“Sabe-se que a utilização das pesquisas como propaganda eleitoral é elemento de grande interferência na opinião dos eleitores, inclusive com possibilidade de interferência direta no resultado das eleições”, aponta.

O candidato também entende que a ausência da origem dos valores utilizados para custear a pesquisa é um fator irregular. Segundo o art. 2º da Resolução do TSE n° 23.600/19 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre outros requisitos, cabe à empresa contratante demonstrar a origem dos recursos, não apenas informar que são próprios.

Além do mais, outro problema refere-se à ausência de indicação de fonte pública de dados utilizados, com a utilização imprecisa, incompleta e incorreta no plano amostral, explicou.

Outro ponto apontado é a faixa de idade estabelecida como parâmetro na pesquisa que é de 24% de 16 a 29 anos para sua amostragem, no entanto os dados do TSE do eleitorado divergem da amostra para até a idade de 16 a 24 anos corresponde a 14,26%. Desta forma, um erro de 10% em relação à faixa de idade citada, o que caracteriza um grave erro.

A amostra da Serpes de 30 a 49 anos corresponde a 41% dos entrevistados. Nesta faixa os dados do TSE que mais se aproximam seriam da faixa de 25 a 44 anos e corresponde neste caso a 41,87% do eleitorado em Goiás. Ainda, a amostra demonstra o percentual de 34% de 50 ou mais anos, já os dados do TSE ao considerar a faixa de eleitores distribuídos pela idade de 45 a + 79 anos equivale a 43,88% do eleitorado goiano.

Na representação do candidato, o procedimento feito pode prejudicar os candidatos mais idosos.

“Isto descrito neste formato pode aumentar deliberadamente até 5% a favor de um grupo de candidatos e reduzir da mesma forma em até menos 5% candidatos que são preferidos pelos eleitores mais idosos”, diz trecho.

No documento, foram apontados vários aspectos irregulares quanto ao grau de instrução, deixando claro o viés de preferência da pesquisa dentre os mais instruídos. Além de nítida diferença entre os eleitores de ensino fundamental (37% enquanto os dados do TSE apresentam percentual de 28,18%), a Serpes deixa de estabelecer as entrevistas de quem é analfabeto e ou só lê e escreve que corresponde a 8,88%, ou 423.303 eleitores que se encontram nesta condição de instrução.

“A não participação deste importante grupo de pessoas que deve ter voz constitui-se em um vácuo que compromete a validade da pesquisa, uma vez que, em eleições passadas, já foram verificadas margens muito menores entre o primeiro e o segundo colocado”, pontua.

A pesquisa ainda demonstra informação imprecisa acerca dos cargos pesquisados, tendo em vista foi informado apenas governo e senador, mas no questionário apresenta o cargo de presidente. Desta forma, não atende-se à clara exigência da Resolução do TSE n° 23.600/19 que destaca a necessidade de “indicação do estado ou Unidade da Federação, bem como dos cargos aos quais se refere a pesquisa”.


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