Contrário ao aumento “abusivo” das taxas de pedágios aplicadas pela Concessionária Triunfo Concebra, o deputado estadual Alysson Lima (PSB) pediu providências urgentes ao Ministério Público Federal (MPF).
Em janeiro, o deputado já havia pedido ao MPF ações contra a instalação de 26 novas praças de pedágios programadas para os próximos anos, mas nada foi feito pelo órgão, segundo o parlamentar.
A concessionária, contudo, dessa vez reajustou em 22% acima da inflação o valor dos pedágios.
Em abril de 2019, o MPF, em conjunto com a Polícia Federal, fez uma operação com o objetivo de apurar possíveis fraudes nos relatórios apresentados pela concessionaria, diz Alysson.
Em 2021, os descumprimentos contratuais teriam continuado quando a concessionária disse não conseguir cumprir com as obras previstas para o Anel Viário, acarretando na devolução da concessão na BR-153.
Em janeiro desse ano, depois de um grave acidente que aconteceu devido a uma cratera na pista da BR 153, o MPF, notificou a Triunfo para que se explicasse sobre a conservação da rodovia pedagiada.
Em fevereiro de 2022, a Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Concessionaria Triunfo Concebra firmaram um termo aditivo confirmando a devolução da concessão das rodovias federais das BRS 153 e 262, que passam por Goiás.
A concessionária venceu a licitação, assumindo as obrigações contratuais durante um prazo de 30 anos, mas 8 anos depois a Triunfo devolveu as concessões, não cumprindo com suas responsabilidades assumidas além de gerar prejuízo ao poder público e à população, segundo Alysson.
Mesmo diante da situação, esse mês a Triunfo Concebra anunciou aumentos nas taxas de pedágios nas rodovias. Reajustes que estão previstos vigorar ate novembro de 2023. Em alguns pontos o valor ultrapassou o dobro do preço cobrado, alcançando um aumento abusivo de 120%. Por exemplo, um valor de 2 reais e 90 centavos agora é cobrado R$ 6,50. Já na região de Itumbiara, pontua o parlamentar, o pedágio chega a R$ 9.
Em virtude dessa situação, o deputado Alysson Lima volta a pedir providências ao MPF, já que a Triunfo descumpriu, segundo ele, com as obrigações que a levaram a ganhar a licitação.