O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou o retorno das ofensivas contra a Ucrânia neste sábado (26). Segundo o governo russo, as operações militares tinham sido suspensas depois da sinalização de negociações. No entanto, o Kremlin afirma que o governo ucraniano não ficou satisfeito com as condições e desistiu de negociar. Por outro lado, os ucranianos dizem que não deixaram de dialogar para chegar a um acordo.
Também neste sábado, um bombardeio russo matou 19 civis e feriu 73 pessoas na região de Donetsk, controlada por separatistas, no leste da Ucrânia, segundo informou a agência de notícias Interfax. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, declarou que “desmantelou o plano” de invasão da Rússia e lançou um apelo pela defesa da capital, Kiev, que se tornou o principal alvo das forças de Moscou.
No terceiro dia da ofensiva lançada pelo presidente russo, pelo menos 198 civis ucranianos, incluindo três crianças, foram mortos, e 1.115 pessoas ficaram feridas na Ucrânia, de acordo com o ministro ucraniano da Saúde, Viktor Lyashko. Cerca de 150 mil pessoas já fugiram da Ucrânia para países vizinhos como Polônia, Moldávia, Hungria e Romênia.
Apoio alemão
A Alemanha aprovou a entrega de 400 lança-granadas (RPGs – Rocket-propelled grenades) da Holanda para a Ucrânia, disse o Ministério da Defesa alemão, confirmando uma mudança na política do país depois que Berlim enfrentou críticas por se recusar a enviar armas para Kiev, ao contrário de outros aliados ocidentais.
A Alemanha tem uma política de longa data de não exportar armas para zonas de guerra, enraizada em parte em sua história sangrenta do século 20 e no pacifismo resultante. Os países que pretendem aprovar as exportações de armas alemãs precisam primeiro solicitar a liberação para Berlim.
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