Acolhendo pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), feito pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCEAP), a Justiça Militar decretou a prisão preventiva do sargento da Polícia Militar (PM-GO).
De acordo com o MP, o militar foi denunciado por “atentado violento ao pudor, em razão de, em serviço, ter constrangido uma mulher, mediante grave ameaça, para que ela praticasse ato libidinoso diverso da conjunção carnal”.
Ainda segundo a denúncia, em 3 de abril deste ano, os dois militares que estavam de serviço, um sargento e um cabo, “em patrulhamento de rotina, abordaram uma mulher, que estaria embriagada, com seu carro parado na porta de um bar em Mineiros”.
Ainda segundo as investigações, a mulher estaria dentro do veículo limpando um ferimento na perna devido à queda de um copo que quebrou quando ela bebia.
O PM, ao perceber que a mulher estava embriagada, teria oferecido uma carona à mulher e pedido para dirigir seu veículo até sua casa. Num primeiro momento, ela recusou, mas diante da insistência ela acabou aceitando.
Durante a ida à casa da suposta vítima — de acordo com o MP –, o PM teria se aproveitado da fragilidade e acariciado as pernas, mas ela teria tirado a mão do policial.
O policial teria ainda, segundo a denúncia, forçado sua entrada à casa da mulher e teria praticado atos libidinosos. Ela não esboçou reação por causa de ter sentido medo na hora.
De acordo ainda com a denúncia, enquanto o PM atentava contra a liberdade sexual da vítima, o outro policial ficou dentro da viatura na porta da mulher.
Para o MP, os “elementos probatórios comprovam, de forma objetiva e clara, a materialidade e a autoria dos crimes. A instituição destaca ainda que “nos crimes contra a liberdade sexual, a palavra da vítima detêm especial relevância”, devido às vulnerabilidades das vítimas.
As investigações também mostraram que os PMs estiveram mesmo no local depois de confirmação pelos dados de georreferenciamento da viatura.
A reportagem da Rádio Bandeirantes não conseguiu contato com a defesa dos policiais e deixa o espaço aberto para futuras manifestações.
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