O Disque Combate à Corrupção 181, lançado em novembro de 2019 já registrou 31 denúncias, sendo que 14 delas contribuíram para a realização de operações policiais. “Oferecemos tranquilidade para que os goianos denunciem de forma anônima e, assim, nossos policiais cumpram seu papel”, destaca o governador Ronaldo Caiado.
O titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), Rodney Mirada, completa: “Trata-se de mais um canal para que a sociedade nos ajude a descobrir quem esteja se beneficiando ilegalmente de recursos públicos. Nossa meta é ter a população como parceira nessa luta”, ressalta.
Sobre as informações coletadas até o momento por meio do telefone 181, o superintendente de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, Alexandre Pinto Lourenço, explica que todas são checadas no âmbito da Polícia Civil, a responsável pela ferramenta. “A questão é que algumas investigações ainda estão em andamento e outras estão por vir”, diz. “Essas 14 representam aquelas que vieram com narração substancial e já resultaram em ações concretas”, completa, referindo-se às operações já deflagradas pelas forças policiais.
Como exemplo, ele cita as operações “Cegueira Deliberada” e “Metástase”. Enquanto a primeira apurou desvios de recursos envolvendo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO) e uma empresa responsável pela vistoria veicular, a outra colocou na mira do então Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geccor) negociações ilícitas entre o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) e um instituto médico responsável por tratamento oncológico. Em ambos os casos, os crimes foram praticados durante a gestão estadual passada.
Parceria
Um dos nortes da política de segurança pública em Goiás, a integração entre diversos atores da esfera social faz parte da rotina da Superintendência de Combate à Corrupção. Termos de cooperação já foram firmados com a CGE e com o TCE, respectivamente em 2019 e 2020, e estão previstos mais dois para breve: um com a CGU e outro que amplia ainda mais o compartilhamento de informações já existente com a Polícia Federal.
“Essas parcerias são fundamentais para dar celeridade e qualificar as provas documentais”, explica Alexandre Lourenço. Como o volume de informações a ser analisado em crimes de corrupção é muito grande e técnico, demandando a averiguação de contratos públicos, entre outros, os convênios com órgãos de controle conseguem viabilizar a participação de profissionais de tecnologia da informação (TI), contadores e economistas no trabalho de investigação, conclui o superintendente.
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